sábado, 19 de novembro de 2011

O Euro de Tolstoi


Com essa crise na Zona do Euro uns países trocam Primeiro Ministro por tecnocratas financistas, outros preferem eleger governantes conservadores, alguns não sabem se sai do bloco, tem uns que até querem ainda entrar. Parafrasear Tolstoi fica perfeito nessa situação: "Cada país europeu infeliz é infeliz à sua própria maneira".

Carta de Despedida de Che para Fidel

Uma carta como essa mostra toda a personalidade da grande figura de Che Guevara.




Havana. "Ano da Agricultura"
Fidel;
Neste momento lembro-me de muitas coisas - de quando o conheci no México, na casa de María Antonia, quando me propôs juntar-me a você; de todas as tensões causadas pelos preparativos.
Um dia vieram me perguntar quem devia ser notificado em caso de morte, e a possibilidade real desse fato causou um impacto. Mais tarde, soubemos que era verdade, que numa revolução se vence ou se morre (se ela for autêntica).
Atualmente, tudo tem um tom menos dramático, porque somos mais maduros. Mas o fato se repete. Sinto que cumpri com a parte do meu dever que me prendia à revolução cubana em seu território e me despeço de você, dos camaradas, do seu povo, que agora é meu.
Renuncio formalmente a meus cargos no Partido, a meu posto de ministro, à minha patente de comandante e à minha cidadania cubana. Legalmente nada me vincula a Cuba, só laços de outra ordem que não se podem quebrar com nomeações.
Recordando minha vida passada, acho que trabalhei com suficiente integridade e dedicação para consolidar o triunfo revolucionário. Minha única deficiência grave foi não ter tido mais confiança em você desde os primeiros momentos na Sierra Maestra e não ter percebido com devida rapidez suas qualidades de líder revolucionário.
Vivi dias magníficos e, ao seu lado, senti o orgulho de pertencer ao nosso povo nos dias brilhantes, embora tristes, da crise caribenha (dos mísseis). Raramente um estadista foi mais brilhante do que você naqueles dias, orgulho-me também de te ter seguido sem vacilar, identificado com a tua maneira de pensar e de ver e apreciar os perigos e os princípios.
Outras serras do mundo requerem meus modestos esforços. Eu posso fazer aquilo que lhe é vedado devido à sua responsabilidade à frente de Cuba, e chegou a hora de nos separarmos.
Quero que se saiba que o faço com uma mescla de alegria e pena. Deixo aqui minhas mais puras esperanças de construtor e os meus entes mais queridos. E deixo um povo que me recebeu como filho. Isso fere uma parte do meu espírito. Carrego para novas frentes de batalha a fé que você me ensinou, o espírito revolucionário do meu povo, a sensação de estar cumprindo com o mais sagrado dos deveres: lutar contra o imperialismo onde quer que seja. Isso me consola e mais do que cura as feridas mais profundas.
Declaro uma vez mais que eximo Cuba de qualquer responsabilidade, a não ser aquela que provém do seu exemplo. Se minha hora final me encontrar debaixo de outros céus, meu último pensamento será para o povo e especialmente para ti, que te digo obrigado pelos teus ensinamentos e pelo teu exemplo, ao que tentarei ser fial até ás últimas consequências dos meus actos; que estive sempre identificado com a politica externa da nossa revolução, e continuo a estar; que onde quer que me detenha sentirei a responsabilidade de ser revolucionário cubano, e como tal actuarei. Não lamento por nada deixar nada material para minha mulher e meus filhos. Estou feliz que seja assim. Nada peço para eles, pois o Estado os proverá com o suficiente para viver e para ter instrução.
Teria muitas coisas que dizer a ti e ao nosso povo, mas sinto que não são necessárias as palavras e não podem expressar o que eu desejaria; não vale a pena deitar mais borrões no papel.
Hasta la victoria siempre! Patria o muerte!
Abraço-te com todo o meu fervor revolucionário.


É A Gota D'Água + 10 / Porto do Açu


Pronto peguei implicância contra o movimento. Deixo uma dica para o pessoal ecochato do vídeo global fazerem uma campanha  contra algo que está acabando com o meio ambiente e degradando a população de Porto do Açu. Será que a Globo deixa ou os atores do movimento "É A Gota D´Água + 10" apoia a população de Porto do Açu contra o Eike Batista? Posto um vídeo onde mostra o desespero e como os moradores da região estão sendo tratados. Contra o Governo Progressista todos ficam contra, agora contra empresário explorador e que ficou rico graças a Ditadura Civil-Militar, todos adoram. Que grande empreendedor!

Os Narradores de Açu.



Vamos artistas da Globo, apoiem!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ao Lev Vygotsky

foto de vygotsky

Dia 17 de novembro de 1896 é lembrada como a data que nasce um transformador  na área da educação,com seus estudos psicológicos. Por isso essa postagem é para lembrar de Lev Vygotsky.

"A psicologia marxista ... desenvolve-se á nossa vista ... ainda não tem uma

metodologia e procura-a "pronta a usar" nos fundamentos das declarações

sobre psicologia dos fundadores do marxismo, sem mencionar o facto de

que encontrar uma fórmula da consciência pronta a usar, nos escritos de

outros, significaria procurar a ciência antes da própria ciência" 




"Como um indivíduo só existe como um ser social, como um membro de algum grupo social em cujo contexto ele segue a estrada do desenvolvimento histórico, a composição de sua personalidade e a estrutura de seu comportamento reveste-se de um caráter dependente da evolução social cujos aspectos principais são determinados pelo grupo. Já nas sociedades primitiva, que só há pouco estão dando os seus primeiros passos ao longo da estrada do desenvolvimento histórico, a completa constituição psicológica dos indivíduos pode ser vista como diretamente dependente do desenvolvimento de tecnologia, do grau de desenvolvimento das forças de produção e da estrutura daquele grupo social ao qual o indivíduo pertence."

"Do mesmo modo que a vida de uma sociedade não representa um único e uniforme todo, e a sociedade ela mesma é subdividida em diferentes classes, assim também, não pode ser dito que a composição das personalidades humanas representa algo homogêneo e uniforme em um dado período histórico, e a psicologia tem que levar em conta o fato básico que a tese geral que foi formulada agora mesmo, só pode ter uma conclusão direta, confirmar o caráter de classe, natureza de classe e distinções de classe que são responsáveis pela formação dos tipos humanos. As várias contradições internas que são encontradas nos diferentes sistemas sociais encontram sua expressão tanto no tipo de personalidade quanto na estrutura da psicologia humana naquele período histórico."

"A educação deve desempenhar o papel central na transformação do homem, nesta estrada de formação social consciente de gerações novas, a educação deve ser a base para alteração do tipo humano histórico. As novas gerações e suas novas formas de educação representam a rota principal que a história seguirá para criar o novo tipo de homem. Neste sentido, o papel da educação social e politécnica é extraordinariamente importante. As idéias básicas que justificam a educação politécnica consistem em uma tentativa de superar a divisão entre trabalho físico e intelectual e reunir pensamento e trabalho que foram separados durante o processo de desenvolvimento capitalista."

Royalties Dividido, Degradação para o Rio, Lucro para Chevron

Esse vazamento de petróleo da plataforma da Chevron, infelizmente, aconteceu em boa hora para mostrar a turma que apoia a divisão dos royalties onde é que fica o prejuízo, tanto financeiro quanto ambiental. O impacto ambiental acontece nas praias do Rio de Janeiro e não em Porto de Galinhas nem no Pantanal, então porque Pernambuco e Mato Grosso vão receber o dinheiro destinado aos impactos ambientais. Enfim o pacto Federativo está quebrado, se já não vivemos numa Democracia, não vivemos numa REPUBLICA FEDERATIVA. Mudando de assunto dos royalties do Rio, mas continuando no assunto petróleo, em 2010 o Wikileaks interceptou contatos de José Serra com essa mesma empresa envolvida com o vazamento, contatos feitos em 2008 e 2009 quando ele era pré-candidato a Presidente. E para que foi feito esse contato? Uma ajudinha para se obter algumas concessões do PRÉ-SAL, caso ele fosse o presidente do Brasil.

Agora continuo no assunto meio ambiente, tá quase virando uma bandeira minha, e estou começando a acreditar mesmo no Zizek, tá virando meu ópio, mas enfim. As degradações e violências ambientais estão aí na nossa cara todos os dias e não nos preocupamos. Ou será que está todo mundo preocupadíssimo para onde vai o lixo dos materiais que consumimos a cada dia cada vez mais? E será que estamos muito preocupados com as mortes de vidas marinhas que está sendo ocasionada pela mancha de óleo derramada pela Chevron? Mas todos estão muitos preocupados com a construção de Belo Monte, graças um vídeo onde atores globais usam de factóides e falácias para ir contra algo que traz mais benefícios do que malefícios. Será que construção de hidrelétricas é pior que vazamentos petróleo? Se não for dou a dica para esses mesmos atores "plim-plim" para se fazer uma campanha contra a Chevron. Não seria uma boa? Todos mostrando toda a sua indignação contra uma empresa privada. Seria bem legal, mas não vai rolar. A globo não liberaria seus atores numa campanha contra uma empresa privada, se alguém desacredita, tentem lembrar se isso já aconteceu alguma vez isso na História. Atores indo contra um anunciante ou futuro anunciante? A mídia conservadora não dá tiro no próprio pé.

Annie Leonard - A História das Coisas (The Story of Stuff)

Quem é Annie Leonard? Conhecemos ela pelo excelente vídeo a História das Coisas, mas ela não parou por aí. Produziu mais vídeos nos mostrando a face oculta do consumo. Abro espaço para seus outros vídeos aqui.
Visitem: http://www.storyofstuff.com/


A História da Água Engarrafada:


A História dos Cosméticos:


A História dos Eletrônicos:


A História de Cap & Trade:


E nós achando que o vilão é o Governo Dilma que quer construir Belo Monte. Que inocência!

Ecologia e o Zizek


Já que a moda agora é ficar preocupado com a suposta degradação causada pela hidrelétrica de Belo Monte, no vídeo "A Gota D'água +10". Bem nesse vídeo fica um bando de atores globais dizendo que são contra a construção da usina (que por sinal ainda nem começou), mas se esquecem da degradação diária como do lixo, por que não cobrar das empresas (sim, as empresas tem sua parcela de responsabilidade no lixo produzido) e do Governo. Por que não cobrar que se use menos produtos químicos nos alimentos. Por que não cobrar das dos fabricantes têxteis que se pare de jogar degradantes no meio ambiente que são usados na produção de roupas. E as fábricas de material de limpeza, estão na lista de maiores poluidoras no mundo todo. Alguém quer protestar contra as madereiras? Todos gostamos de ver nossas casas limpinhas e bem desinfectadas com cloro, né? Mas o cloro é o agente químico que mais polui as nossas águas em 2.º lugar são os agrotóxicos. Falei em agrotóxicos? Lá vai uma listinha ranqueada (2007) de empresas que colocam veneno na nossa comida: Bayer, Syngenta, BASF, Dow AgroSciences, Monsanto e DuPont. E as empresa que produzem soja e arroz que devastam quilômetros da Amazônia diariamente, vou apenas citar duas do ramo alimentício Unilever e Kraft. Ah, existem empresas também comprando vários pedaços de terras até então sem utilidade a vista inocente, mas na verdade escondem fontes de água potável para engarrafar água mineral e produzir sucos artificiais e refrigerantes, já são donas de várias fontes no Brasil a Nestlé, PepsiCo e Coca-Cola. Agora por que nos não nos indignamos com isso? Por que atores globais não fazem campanha contra isso? Será que essas empresas são todas os maiores anunciantes de seus empregadores com as Empresas Globo, são essas empresas que patrocinam suas peças teatrais ou "standy ups"? Isso não é estranho, vamos ficar repetindo o discurso dos hipócritas?

É, e todos nós muito preocupados com a Usina de Belo Monte, e que se impedimos sua construção salvaremos a Amazônia, quiçá o Mundo. Pobre inocentes que somos.

No vídeo postado, o filósofo e psicanalista Slavoj Zizek mostra muito bem o jogo ecológico. E simplifica como a ecologia foi cooptada pela ideologia liberal pós-moderna.



O Veneno Está na Mesa:



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Bebê ou "Muleke"? Rock In Rio ou SWU?

Multishow foi só gafe, tanto no Rock In Rio, tanto no SWU. Foram dois festivais, mas teve mais "saias justas" do que música. Depois do "hit" bebê, pronunciado por uma artista doidona à sua entrevistadora, agora a segurança do SWU esculacha o produtor e a repórter do canal a cabo. Conclusão: Dani Monteiro protagonizou os  melhores momentos das transmissões dos festivais. rsrsrsrsrs


Igreja X Inferninho

Essa imagem é uma prova da existência do Inverso do Contraditório.




Vasco Campeão!

Tá explicado a estratégia do Vasco tentar ser campeão Brasileiro.

FHC e o Juiz Nicolau

Bomba tirada de um blog que não vai ecoar na mídia:



Amigo confessa: FHC e juiz Nicolau tramaram corrupção

      
aaaaladraoO Brasil ganharia muito se a mídia ajudasse a Justiça a desencavar denúncias com mais credibilidade do que essa papagaiada que tem vitimado ministros do governo da presidenta Dilma Rousseff, verdadeiros factóides.
Uma delas  envolve 18 pessoas em empréstimos do Banco do Brasil no processo de privatizações da Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás. Os prejuízos sofridos pelo banco decorrem de "perdões escandalosos" — segundo o Ministério Público — de dívidas de duas empresas pertencentes a Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de José Serra, e seu ex-sócio. Na época em que teriam ocorrido os perdões, era diretor do banco, e votou a favor, o ex-tesoureiro de campanhas de Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira.
A conexão com as privatizações está no fato de Oliveira ter participado ativamente de negociações ligadas a elas. Esses fatos devem ser investigados, sim.
Existe ainda a lama que está sobre o ex-secretário-geral da Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), Eduardo Jorge, por envolvimento na roubalheira do edifício do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. E, entre tantos outros, o escândalo de R$ 10 milhões que não teriam sido declarados na campanha para a reeleição de FHC em 1998.
Em 7 de junho de 2000, o competente Ricardo Amaral escreveu uma reportagem esclarecedora no jornal Valor Econômico.O país estava mergulhado no caos. Era o auge da histeria neoliberal e o governo agia para amedrontar a Justiça do Trabalho com a finalidade de proteger o “Plano Real” de possíveis efeitos de reajustes salariais. A mídia amplificou ao máximo as calúnias lançadas pelo senador ACM — a essa altura um dos principais esteios do governo FHC —, segundo as quais os tribunais trabalhistas eram uma ameaça à “estabilidade econômica”.
A ordem era não conceder reajuste salarial. ACM desferia uma saraivada de pontapés na legislação trabalhista. Ele chegou a criar uma CPI do Judiciário, mas a farsa não seguiu adiante. Foi neste contexto que Eduardo Jorge, amigo de longa data, alto dirigente tucano e ministro, confessou que FHC e o juiz Nicolau dos Santos Neto tramaram a indicação de juízes pró-Plano Real em troca de dinheiro para a construção superfaturada do novo prédio do TRT. ACM disse que estava recebendo apoios à idéia de acabar com a Justiça do Trabalho e provocou a seguinte resposta do presidente do TST, Wagner Pimenta: “E daí? Hitler e o pastor Jim Jones também tiveram apoio às suas idéias.”
Leia:
___________
Juiz Nicolau foi informante do palácio do Planalto
Ricardo Amaral
O ex-ministro Eduardo Jorge conta que juiz foragido vetou colegas favoráveis á indexação
O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o fugitivo mais procurado do Brasil, indicou ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso os nomes de juízes classistas que não ameaçariam o plano real com sentenças a favor da indexação salarial. Foi nessa condição de informante que o juiz Nicolau manteve “relações institucionais” com o ex-secretário-geral da Presidência (1995-1998), Eduardo Jorge Caldas Pereira, enquanto eram desviados R$ 169 milhões da obra superfaturada do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) paulista. Nicolau era responsável pela obra. Eduardo Jorge, pelo filtro das nomeações no Planalto.
“O TRT de São Paulo derrubou todos os planos anteriores ao real, com sentenças a favor do sindicato dos metalúrgicos”, disse Eduardo Jorge ao Valor. “O juiz Nicolau, que nem era mais presidente do TRT, foi-me apresentado como o homem que falava pelo Tribunal;fez relatórios sobre os nomes que constavam das listas encaminhadas ao Planalto e apontou quais, dentre eles, eram a favor da indexação”, acrescentou, garantindo ter guardado papéis com as observações do juiz foragido
Fora do governo desde o fim do primeiro mandato, o economista Eduardo Jorge entrou na categoria dos homens públicos que, mesmo quando se dedicam a negócios privados, passam a maior parte do tempo tendo de se explicar. No momento, tem de explicar do que vive, como comprou uma apartamento de US$ 1 milhão, por que manteve solidariedade pública ao ex-senador Luiz Estevão (cassado por ter mentido ao Senado sobre seus interesses com a obra do TRT).
Que tipo de relações mantém com o presidente da República (seu chefe durante 15 anos), por que deixou o governo. “Não fiz nada sujo, nada ilícito, nada desonesto”, reage o ex-ministro, demonstrando um misto de surpresa e fastio diante de tantos porquês. Afinal de contas, não é qualquer cidadão que se v~e obrigado a criar uma página na internet (WWW.eduardojorge.com.br) com as declarações de renda e da mulher, para explicar que vendeu quatro imóveis e tomou um empréstimo de R$ 300 mil para comprar o apartamento de luxo em SãoConrodo> “Paguei US$ 660 mil.”
Numa situação dessas, fica difícil “não existir” para o público, mas Eduardo Jorge tenta manter, durante a entrevista, as mesmas regras que impunha quando era um dos homens mais poderosos da Republica: “Eu não existo, não gravo entrevistas, não sou fonte de notícia.”
No instante seguinte, deixa-se fotografar “para encerrar logo a brincadeira”. E vai se explicando. As nomeações de juízes classistas leais ao plano real, por exemplo, justificam os muitos telefonemas que a CPI do Judiciário rastreou, do aparelho do juis Nicolau para o gabinete e a casa do ex-ministro em Brasília. Mas a explicação leva a outra pergunta: o governo FHC adotou critérios políticos para nomear juízes? “Ao eleger o presidente da República, a sociedade espera que ele nomeie juízes afinados com sua doutrina política, ideológica e econômica. Há algo de errado nisso?” — desafia Eduardo Jorge, citando nomeações presidenciais para a Suprema Corte dos Estados Unidos.
O velho Montesquieu, que inventou o Estado com três poderes independentes, provavelmente diria que sim: há algo de errado em discriminar juízes por suas vinculações passadas a tal ou qual corrente sindical (simpatizantes da CVUT eram vetados pelo juiz Nicolau. Mas a explicação que se pede agora a Eduardo Jorge é: essas “relações institucionais” com o juiz Nicolau valeram a pena? Resposta seca: “O TRT de São Paulo não derrubou o Plano Real.” Isso permitiria supor que o bom comportamento do TRT teve como contrapartida a construção do prédio? “A obra foi autorizada em 1991, quando eu era assessor do gabinete de um senador da oposição (FHC).”
Iniciada em 1991, a obra recebeu  a maior parte dos recursos durante os governos Itamar Franco (do qual Eduardo Jorge participou como chefe de gabinete do ministro da Fazenda, FHC) e Fernando Henrique. Por baixo das pernas desses dois governos passaram R$ 169 milhões, desviados. “Presidente não tem que ficar controlando qualquer obra e o Tribunal de Contas dizia que estava tudo certo”, ex-plica o ex-ministro.
Mas foi muito dinheiro para pouca fiscalização, não é? “Quem tinha de fiscalizar a obra era o PT de São Paulo, que passava todo dia diante do prédio e assinava emendas pedindo mais verbas no Orçamento”, fulmina o ex-ministro, referindo-se à emenda coletiva assinada por todos os deputados paulistas. De volta ao juiz Nicolau, ele foi sempre um interlocutor correto? A resposta é “sim”, com um muxoxo. Dava para imaginar que o juiz era lalau? Sem resposta.
Eduardo Jorge guarda para si o que pensa sobre o envolvimento do amigo Luiz Estevão no caso. Duas semanas atrás, procurado pela Folha de S. Paulo durante a viagem à Europa, confirmou a amizade de longo tempo. “Seria indigno não fazê-lo naquele momento”, explica. A amizade foi parar no Ministério Público, que resolveu investigar a contratação, para o gabinete de Luiz Estevão, de três assessores que trabalharam com Eduardo Jorge no Planalto. “São funcionários brilhantes, colegas que levei para o Planalto e estão de volta ao Senado.”
As ligações do ex-ministro com o senador cassado, pessoais e políticas, sempre foram públicas. As ligações do juiz Nicolau foram reveladas pela quebra do sigilo telefônico. A quebra do sigilo bancário de Nicolau e do ex-senador poderia revelar ligações comerciais ou financeiras de algum deles com o ex-senador. (trecho ininteligível) O ex-senador também disse à CPI que não havia nada e encontraram R$ 40 milhões em tenebrosas transações. O ex-ministro corrige a explicação: há um apartamento, que comprou do Grupo OK, na década de 80.
Eduardo Jorge é menos preciso ao falar de sua atividade no grupo Meta, da área de seguros. “Sou mero corretor. Apontam-me os clientes e fecho contratos”, garante, modestamente. Clientes ou negócios como governo? “nenhum, nenhum.” (Eduardo Jorge negociava a entrada de um parceiro estrangeiro no capital do Meta, que estava na disputa pela privatização do Instituto de Resseguros do Brasil – IRB.)      

Projeto UPP na visão de Nilo Batista

Abro o espaço do meu blog para dar voz ao Nilo Batista:




Privatização do conhecimento, sabedoria e pensamento


Evangelho Segundo Saramago

Nem tenho o que comentar sobre Saramago, melhor só ver o vídeo mesmo.

Belo Monte / Corrupção

Bem, começo pelo primeiro tema, chove na grande rede um vídeo do Movimento Gota D'água, uma espécie do "Cansei!" só que ecochatos. O que é intrigante no vídeo é que eles não mostram uma prova, fonte ou dados que a construção da Usina Belo Monte vai causar uma grande degradação ambiental. E o mais engraçado, os "globais" do vídeo aparecem com uma forma de indignação tão grande que parecem que vão participar de uma mega revolta "rave". Só que não se dão e não nos damos conta que os verdadeiros degradadores a décadas destroem nosso meio ambiente, posso relacionar alguns: Bayer, Monsanto, Unilever... entre outras, umas produzem pesticidas que inclusive são proibidos no mundo todo, mas engraçadamente aceitos no Brasil, outros cada vez mais expande seus territórios grilado para as floresta para plantar soja, e sem contar com as famosas madereiras. Mas tem um problema muito importante, todas essas empresas são anunciantes na grande mídia, pagam milhões para botar propaganda no horário do Jornal Nacional. Mas todos os problemas da Amazônia são da hidrelétrica de Belo Monte (é isso que nos querem passar) que tem impacto ambiental mais reduzido que uma plantação de soja na Amazônia Legal. Belo Monte a curto prazo fornecerá energia renovável ao melhor custo benefício, algo que o Brasil necessita para acelerar seu desenvolvimento econômico, porém nada é perfeito, e tem um único problema, a hidrelétrica está nas mãos de empreiteiras e não do Estado que teria que garantir essa energia de forma barata.
Esse vídeo mostra o que realmente degradação e com o que temos que nos revoltar:

O outro caso é mais simples até porque sua reivindicação já é por si bastante simplória. As Marchas e os eventos criados contra a corrupção. Eu demorei a entender isso na minha vida, mas realmente a História anda com movimentos repetitivos e dialéticos. Em 1954 um Presidente da Republica saiu da vida para entrar para História devido a pressões e a séries infundadas de envolvimentos de corrupção, e dez anos depois com todas uma ideologia preparada, a direita udenista conseguiu convencer a classe média conservadora que o Presidente João Goulart (que queria fazer várias transformações no país, entre elas na educação e promover a reforma agrária), foi deposto com a acusação de corrupção em seu governo e se dando em 1964 uma das mais violentas ditaduras da América Latina. Mas, me perguntam, você não é contra a corrupção? Sim eu sou, mas antes de reivindicarmos ética na política, deveríamos exigir ética no convívio do dia-a-dia, mais educação, melhores condições de trabalho, melhorias na saúde pública, salários dignos... e mais coisas que são mais influentes socialmente do que apenas corrupção. O pior de tudo é como a mídia golpista trata isso, querendo agregar as nossas marchas fajutas contra a corrupção aos protestos contra o Capitalismo que se espalha pelos Estados Unidos e Europa. Só que a retórica Global está enfraquecida, isso se comprovou que com todos os ataque Lula deixou o Governo com mais de 80% de aprovação e como ninguém mais acredita nessa nossa mídia, em Brasília a "massa" protestante não passou de 30 pessoas e em São Paulo que foi o mais relevante nem chegou perto de 200 pessoas. Cabe a nós analisarmos o que realmente queremos, ir exigir um Estado mais ético, ou protestaremos contra melhores condições de vida, que lógico que está incluído o combate a corrupção, mas também uma melhor condição social?


Marchinha reacionária moralista

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lula Guerreiro do Povo Brasileiro!

Podem ter reservas quanto ao Governo Lula, mas não tem como negar que ele mudou o rumo e a História do Brasil. E olha que não sou nem petista e nem lulista. Mas sou admirador de sua figura e de como deu oportunidades a quem nunca teve, nem sequer chances nenhuma na vida. Do sertão de Caetés para o Mundo!






Nem e a Rocinha

Excelente reportagem de Luiz Carlos Azenha sobre onde se encontram e a relação entre os consumidores e o mercado das drogas na Zona Sul.





Copa 2014 e Jogos Olímpicos 2016

Com o Comunicado a Imprensa da Anistia Internacional, fica bem claro como o Governo do Estado e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro estão tratando a população mediante aos grandes eventos que acontecerão na Cidade Maravilhosa. As remoções estão sendo feitas a "toque de caixa" e sem nenhuma sensibilidade, característica primordial para essas ações.
Agora, qual imprensa vai publicar essa Comunicação?



ANISTIA INTERNACIONAL
COMUNICADO A IMPRENSA 

14 de Novembro 2011

Brasil: remoções forçadas não devem manchar as Olimpíadas no Rio

Os organizadores das Olimpíadas devem exortar as autoridades brasileiras a pôr um fim às remoções forçadas de centenas de famílias no Rio de Janeiro em meio aos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016, disse hoje grupos de moradores atingidos, ativistas locais, a Anistia Internacional e a WITNESS em uma carta conjunta ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

Segundo as organizações, famílias em dezenas de bairros de baixa renda na cidade já perderam – ou estão sob risco de perder – suas casas à medida que as autoridades constroem infraestrutura para o evento esportivo internacional.

“Forçar famílias para fora de suas casas sem aviso adequado, sem consulta prévia com os atingidos e sem oferecer moradias alternativas adequadas ou remédios judiciais fere os valores que as Olimpíadas representam e viola as leis brasileiras e os compromissos internacionais do Brasil com os direitos humanos”, disseram as organizações.

“Os organizadores das Olimpíadas deveriam usar sua influência para pôr um fim a esta prática imediatamente, antes que seja tarde demais. O COI não pode ser conivente com abusos de direitos humanos realizados em seu nome, e deve condenar pública e inequivocamente todos os despejos forçados no Rio de Janeiro. “

Favelas e assentamentos informais em torno da cidade já vêm sendo atingidos ao decorrer dos últimos 12 meses e mais comunidades estão sob ameaça de remoções futuras previstas pelas autoridades.

Grandes obras de infraestrutura, tais como a construção de três vias expressas de transporte (a Transoeste, a TransCarioca e a TransOlímpica), obras em torno do estádio do Maracanã e a modernização da área portuária já resultaram em graves violações. À medida que essas obras continuam várias comunidades – incluindo Vila Autódromo e Arroio Pavuna – estão lutando contra um despejo iminente.

Embora as autoridades do Rio de Janeiro afirmem que não ocorreram remoções forçadas e que todas as famílias atingidas estão sendo adequadamente indenizadas antes de perder suas casas, pesquisas independentes realizadas por ONGs locais, pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro e por organizações internacionais incluindo a Anistia Internacional e a WITNESS provam o contrário .

Nos casos mais graves, as autoridades chegaram em uma comunidade sem aviso prévio e começaram a derrubar casas e comércios.

No dia 22 de outubro de 2010, retroescavadeiras chegaram à comunidade da Restinga e começaram a demolir moradias e pequenos comércios que operavam na área há mais de 20 anos.

Edilson, morador e comerciante da Restinga, descreveu a operação:

“Dez horas da manhã eles chegaram com a máquina todas, polícia, aqueles policiais com aquela arma à prova de choque. E já chegaram desocupando os imóveis. Quem não queria sair eles pegavam aquela retroescavadeira, que está aqui hoje, e derrubavam a porta do morador. Subiam os guardas municipais em cima, entrava para tua casa e tiravam você à força e derrubava”.

Desde então, muitas das famílias que moravam e trabalhavam na Restinga perderam seus empregos e fontes de renda, enquanto crianças da comunidade não conseguiram transferência para novas escolas e acabaram perdendo meses de escola.

Ex-moradores da comunidade não receberam indenizações adequadas ou moradias alternativas adequadas, o que viola as normas internacionais de direitos humanos.

Este padrão de abuso tem se repetido em outras comunidades ao longo do último ano, com as autoridades muitas vezes passando meses pressionando moradores para aceitar baixas ofertas de indenização em vez de respeitar as garantias processuais e legais que devem ser observadas antes de um despejo. A intimidação é vista como uma tática para induzir as famílias a se mudar para, na maioria dos casos, regiões remotas longe de seus empregos, escolas e comunidades.

A situação ficou tão grave no início deste ano que a Relatora Especial das Nações Unidas para o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, interveio para exigir que o governo brasileiro “suspendesse as remoções planejadas até que um canal de diálogo e negociação pudesse ser assegurado com as comunidade atingidas”.

“Nós reconhecemos que as autoridades do Rio de Janeiro precisam entregar a infraestrutura adequada para garantir o sucesso e a segurança da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, disseram as organizações.

“Mas isso deve ser realizado com um espírito de consulta e colaboração com as comunidades atingidas para assegurar que seus direitos sejam protegidos no processo.”

Para obter uma cópia da carta, por favor veja: http://www.amnesty.org/sites/impact.amnesty.org/files/AI-WITNESS letter to IOC Nov 2011.pdf

Para mais informações ou para pedir uma entrevista, por favor contatar: Josefina Salomon, +44 7778 472 116jsalomon@amnesty.org

Vai Ter Resposta?

Transcrevo o texto de Paulo Henrique Amorim com algumas perguntas pertinentes:


Sete perguntinhas sobre a Rocinha
que a Globo não responde

    Publicado em 16/11/2011
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A Globo agora resolveu transformar a Rocinha num theme park.

Uma Disneylandia.

Daqui a pouco fará um reality show com a moderação do Bial.

Antes, a Globo defendia a remoção das favelas do Rio, como nos bons tempos do Carlos Lacerda.

O prefeito Eduardo Paes chegou a acenar com umas remoções, para acalmar os filhos do Roberto Marinho – levar os pobres para bem longe.

Ia ser difícil.

Melhor foi fazer a UPP e tornar a favela irreversível.

Na derrota, a Globo vai em busca dos vitoriosos – os moradores da Rocinha.

Mas, este ansioso blogueiro não resiste a fazer umas perguntinhas.

Que a Globo provavelmente não quer responder.

1) Nem disse que 50% da grana ia para policiais – quem ? ;

2) Edu, caixa do Nem, tem um notebook com o nome dos clientes – cadê o note book do Edu ? Que nomes estão lá dentro ?

3) Por que a delegacia de Maricá queria levar o nem para Maricá, que fica 60 km fora do Rio ?

4) Por que o Beltrame quer tanto que o Nem se beneficie da “delação premiada” ?

5) Quem são e onde estão os PMs que iam dar fuga a um dos traficantes ?

6) Qual a garantia de que não vão queimar o arquivo e matar o Nem na cadeia ?

7) Por que a Polícia só distribui as imagens à Globo e, não, numa entrevista coletiva a todos os cidadãos ?


Paulo Henrique Amorim



Literatura Sob Domínio Público

Excelentes obras liberadas para baixar e ler, com qualidade e sem o peso na consciência da pirataria. Link direto com o Governo Federal:





  • A Divina Comédia - Dante Alighieri




  • A Comédia dos Erros - William Shakespeare




  • Poemas de Fernando Pessoa - Fernando Pessoa




  • Dom Casmurro - Machado de Assis




  • Cancioneiro - Fernando Pessoa




  • Romeu e Julieta - William Shakespeare




  • A Cartomante - Machado de Assis




  • Mensagem - Fernando Pessoa




  • A Carteira - Machado de Assis




  • A Megera Domada - William Shakespeare




  • A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca - William Shakespeare




  • Sonho de Uma Noite de Verão - William Shakespeare




  • O Eu profundo e os outros Eus. - Fernando Pessoa




  • Dom Casmurro - Machado de Assis




  • Do Livro do Desassossego - Fernando Pessoa




  • Poesias Inéditas - Fernando Pessoa




  • Tudo Bem Quando Termina Bem - William Shakespeare




  • A Carta - Pero Vaz de Caminha




  • A Igreja do Diabo - Machado de Assis




  • Macbeth - William Shakespeare




  • Este mundo da injustiça globalizada - José Saramago




  • A Tempestade - William Shakespeare




  • O pastor amoroso - Fernando Pessoa




  • A Cidade e as Serras - José Maria Eça de Queirós




  • Livro do Desassossego - Fernando Pessoa




  • A Carta de Pero Vaz de Caminha - Pero Vaz de Caminha




  • O Guardador de Rebanhos - Fernando Pessoa




  • O Mercador de Veneza - William Shakespeare




  • A Esfinge sem Segredo - Oscar Wilde




  • Trabalhos de Amor Perdidos - William Shakespeare




  • Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis




  • A Mão e a Luva - Machado de Assis




  • Arte Poética - Aristóteles




  • Conto de Inverno - William Shakespeare




  • Otelo, O Mouro de Veneza - William Shakespeare




  • Antônio e Cleópatra - William Shakespeare