quinta-feira, 19 de abril de 2012

Existe uma “sociedade do conhecimento”?



Por Fabrício Maciel


Vivemos uma época na qual o tom do panorama político e econômico mundial é o de celebração da mudança. Como nunca antes, o Brasil desponta, na mídia mundial, ao lado de nações como China e Índia, entre as mais promissoras “potências emergentes”. Já se fala que o futuro do capitalismo e da humanidade pode ser visto a partir destas nações. Um influente sociólogo alemão anunciou profeticamente o perigo da “brazilização do Ocidente” [1]. Nas ciências sociais dominantes no mundo, presenciamos o anúncio profético de vários “fins”. São eles: fim das sociedades de classe, fim do socialismo real, fim das grandes narrativas, fim das ideologias, fim das estruturas rígidas de estratificação e dominação social, fim das interpretações macroestruturais, fim da ordem mundial bipolar, fim da hegemonia dos grandes centros políticos e econômicos, fim da polarização centro-periferia e fim das sociedades “do trabalho”. 

O mesmo tipo de alarde apocalíptico parece guiar a definição atual de uma época “pós”. Os paradigmas dominantes na ciência social mundial e os discursos dominantes na esfera pública mundial são marcados pela indefinição como definição. Vivemos uma época sobre a qual a melhor coisa que temos para falar é que temos muito pouco para falar. Já se anunciou o pós-moderno, o pós-nacional, o pós-colonial, o pós-social e até o pós-humano. Em meio a toda esta nova doutrina de uma “era de transição”, algumas perspectivas até se apresentam potencialmente esclarecedoras. Entretanto, o mais importante é que a combinação “fim-pós” já se tornou o discurso dominante de nossa época sobre ela mesma. O filósofo francês André Gorz (2004) esboçou o parecer de que “saímos de uma sociedade do trabalho e não colocamos nada em seu lugar”. Em geral, parece que podemos aplicar a mesma lógica: saímos de uma ideia de sociedade moderna e nacional, ou até mesmo de uma ideia de sociedade, no caso de teorias mais radicais, para não colocarmos nada bem definido em seu lugar. Ao mesmo tempo, apenas se esboça, mas não se desenvolve, a ideia de uma sociedade mundial. 

Este panorama geral sugere, ao mesmo tempo, um novo mundo no qual as estruturas e as relações sociais são mais opacas, fluidas, complexas e menos rígidas, hierarquizadas e verticalizadas. Trata-se da horizontalidade da vida no horizonte das ideias. A ideia geral de um mundo mais complexo, na ciência, parece encontrar uma afinidade direta com a ideia de um mundo mais democrático, na economia, na política e na vida social. O tom geral de nosso tempo é de esperança. Esta é a época de um negro no poder da nação mais rica do mundo, e de uma mulher sucedendo um brasileiro nordestino, no governo brasileiro, no momento em que o Cone Sul do mundo faz sua virada no tabuleiro das forças econômicas e políticas internacionais. Esta é a era dos acordos, dos tapinhas nas costas, e não da guerra no sentido mais tradicional, ainda que estas permaneçam ocorrendo pontualmente no mundo inteiro. Na mídia mundial, os apertos de mãos são mais evidentes do que os apertos de gatilhos. O anúncio de uma “nova ordem multipolar”, que já completa duas décadas, é incisivo na sugestão de uma descentralização geral do poder no mundo. Seu novo senso comum já parece esboçado na mídia mundial e endossado pela ciência social dominante: trata-se de uma “nova ordem multicultural”. Trata-se da época na qual o Brasil da desigualdade e do carnaval se anuncia como “Brasil, um país para todos”. 

O discurso de uma época sobre si mesma nunca é uma mentira total, uma distorção completa, uma “falsa consciência”. Ele tem uma razão de ser. Reflete a edição de uma realidade. Uma edição é uma generalização de uma realidade parcial como se fosse uma realidade total. É uma simplificação da realidade. O discurso de uma época sobre si mesma é sempre uma meia-verdade. É sempre ambíguo. Enfatiza e exagera uma parte, esquece e omite outra. O discurso contemporâneo que interessa especialmente a este texto é o da “sociedade do conhecimento”. Ele parece parte indispensável do cânone central de ideias que definem as mudanças de nosso tempo, o fim de uma era e um “pós” que ainda não se define muito bem 

Da “sociedade do trabalho” à “sociedade do conhecimento” 

A ideia de sociedade do conhecimento é uma das tentativas dominantes de redefinição das sociedades ocidentais contemporâneas. Há pelo menos três décadas, uma constatação básica parece se generalizar nas ciências sociais dominantes. As “sociedades do trabalho”, no sentido compreendido desde Marx, teriam entrado em profundo colapso, se observadas as mudanças concretas em suas formas materiais de produção e reprodução. Tais mudanças exigiriam assim uma revisão analítica na lógica e no significado destas sociedades. Nos anos 80, um artigo emblemático de um sociólogo alemão, Claus Offe, sintetizava bem a questão intrigante deste novo tempo: o trabalho ainda é uma categoria sociológica chave? [2] A ideia de trabalho criticada é aquela diretamente vinculada à primazia da esfera da produção na reprodução social. O dado mobilizado por este autor para fundamentar este questionamento incisivo, e que parece ter chegado para ficar, é o advento inevitável do “setor de serviços”. Este seria um efeito estrutural e funcional do inchaço da lógica fordista do capitalismo industrial. Este setor reproduziria apenas parcialmente a lógica econômica e as relações de dominação na dimensão da produção. Ele significa ao mesmo tempo a fragmentação da classe trabalhadora tradicional e de seu vínculo com a produção e o advento crescente de economias paralelas, informais, periféricas e ilegais. Tais mudanças levam o autor à definição de um “capitalismo desorganizado” [3]. 

Este parece ter sido um passo fundamental no caminho de transição de um paradigma da “sociedade do trabalho” para um paradigma da “sociedade do não-trabalho”, e não para o de uma sociedade da não centralidade do trabalho, como sugeria Offe. O diagnóstico de Offe naquela época, de que o “mundo da produção” era mais estudado do que o “mundo da vida”, parece ter sido profético. Ele apontava para a necessidade de compreender o papel de outras esferas da vida como movimentos sociais e identidades na atribuição de sentido da vida moderna, uma vez que o trabalho perdera, com as referidas mudanças, a sua centralidade nesta função vital. Três décadas depois, o “mundo da vida” parece ter virado o jogo no paradigma intelectual e no discurso político. A importante ideia inicial de refletir sobre a não centralidade (afinal, nenhum conceito resolve a realidade sozinho) acabou se desdobrando em um efeito perverso, em uma falsa polarização entre a perspectiva de uma sociedade do trabalho, que acabou, e a de uma sociedade do não trabalho. A categoria de “sociedade do trabalho” foi reduzida pela ciência social dominante a um uso residual, ou a um uso central apenas no campo específico, tradicionalmente marxista, da “sociologia do trabalho”. A falsa polarização simplifica as mudanças vividas pelo capitalismo nas últimas décadas, sugerindo o advento de um “novo” capitalismo [4], o que é diferente de compreender o processo histórico de um capitalismo, eu diria, “reorganizado”. 

Neste caminho de transição para um novo paradigma intelectual e um novo discurso político, outro passo decisivo é a vasta obra de André Gorz [5]. Sua frase emblemática — “saímos de uma sociedade do trabalho para não colocarmos nada em seu lugar” — resume bem os posicionamentos nem sempre explícitos, na ciência social dominante, em torno da referida polaridade. Sua obra é emblemática porque é ambígua. Ambígua como as mudanças para e o correspondente paradigma de uma “sociedade do conhecimento”. De um lado da polaridade, está um marxismo específico, ortodoxo na manutenção do esquema conceitual carro-chefe da teoria do valor e das relações sociais a ela vinculadas. No Brasil, o maior exemplo desta perspectiva é Ricardo Antunes. Este marxismo tem um lugar garantido no campo da ciência social moderna, exerce a função no campo de que há possibilidade para todo tipo de crítica. Entretanto, sua influência parece menor do que a do outro polo, aquele da tentativa de redefinição do que seriam as sociedades pós “sociedades do trabalho”. Neste polo a figura de André Gorz é central, pois sua ambiguidade ao mesmo tempo corrobora o abandono da ideia de fim da sociedade do trabalho e contribui incisivamente para a compreensão das mudanças efetivas pelas quais passa o capitalismo nas últimas décadas. 

Desde seus trabalhos seminais nos anos 80 [6], Gorz esboça uma perspectiva que ao mesmo tempo transborda e complementa a de Offe. Seu resgate é importante para a compreensão do germe da ideia de “sociedade do conhecimento” a partir da ideia de fim da sociedade do trabalho. Além do advento do setor de serviços, percebido por Offe, mas analisado mais decantadamente por Gorz [7], este último articula o dado levantado pelo primeiro com outro dado igualmente fundamental, que não desenvolve isoladamente do advento do setor de serviços: trata-se do advento crescente da tecnologia e do conhecimento intelectual especializado como força produtiva central na reprodução das sociedades contemporâneas. Em torno da ideia de conhecimento “imaterial” [8], Gorz caracteriza esta nova força produtiva e busca tematizar as mudanças estruturais que permitem seu advento. O fim da sociedade do trabalho, no sentido marxista original, consiste para Gorz no fato histórico de que o capital teria operado uma cartada decisiva na histórica luta de classes entre a burguesia e o operariado organizado. Ele está analisando a trajetória específica de sociedades europeias, mas a lógica do raciocínio pode ser apropriada para os interesses deste texto. 

Desde o século XIX, a classe trabalhadora europeia realizou várias conquistas diante do capital, encarnado na burguesia e na posse dos meios de produção. Vasta literatura há sobre o tema. Sabemos que a classe trabalhadora tradicional adquiriu na Europa sua dignidade ao longo do século XX, através da garantia de direitos básicos envolvendo salário, segurança no trabalho e tempo livre. Mas ela queria mais. A classe trabalhadora almejava autenticidade e vinha acumulando pequenas vitórias diante do capital. Garantida a dignidade, faltava a realização no trabalho. A classe trabalhadora quis participar da concepção de seu trabalho, da realização plena da utopia marxista, para além da mera realização do trabalho. Queria de volta o que o capital havia lhe roubado: sua autonomia, sua liberdade de criação e criatividade humana. Sentou-se à mesa para negociar com o capital. Eis aqui a percepção fundamental de Gorz: o capital tinha uma carta na manga, que a classe trabalhadora não previu. Ele a aceitou para compor o outro lado da mesa e participar das decisões, das concepções e da realização plena do trabalho. 

A análise de Gorz é importante neste aspecto porque ele identifica uma mudança estrutural específica no capitalismo do século XX, sem a qual seria impossível a negociação que traiu e enganou a classe trabalhadora: o fordismo alcançara seu limite estrutural e funcional. O capitalismo precisava se reinventar. Simplificando seu argumento: a produção de mercadorias em massa, conduzida pelo capitalismo fordista industrial, chegou a um limite de autossuperação que não podia gerar mais lucros. Os estoques significam prejuízo. O capital precisava explorar uma nova modalidade de mercadorias que não ocupasse os galpões das fábricas, que circulasse mais rapidamente, que mantivesse a lógica de lucro sobre lucro. Esta mercadoria só podia ser imaterial, ou seja, a venda de sonhos, a venda de significado. O desenvolvimento de um valor de uso imaterial. Mais sentido e menos matéria [9]. O mais irônico é que o velho barbudo já havia avisado sobre a carta na manga do capital. Parece que ninguém escutou. Gorz (2004) ressalta que Marx havia analisado nos seus Grundrisse a possibilidade e a lógica de valorização do conhecimento pelo capital. 

A exigência de valorização de uma dimensão específica da produção, que não pode abandonar a produção material, mas passa a subjugá-la ainda mais, além de um tipo específico de mercadoria, exige também um tipo específico de consumidor e de trabalhador. Fora da fábrica, o consumidor precisa acreditar no valor imaterial das mercadorias que ele mesmo pode ajudar a conceber, se dentro da fábrica ele apresentar as capacidades de produtor material e imaterial. Aqui a classe trabalhadora é cindida ao meio e perde muito de sua força de organização política, pois os engodos aos interesses econômicos e culturais que agora o capitalismo oferece aos seus membros, individualmente, são mais imediatos e objetivos do que qualquer interesse coletivo. A última conquista da classe trabalhadora é a entrega total de sua subjetividade ao capital, como percebe Gorz. Ele ajuda a compreender como o capitalismo se reestrutura, pela dupla necessidade funcional e de produção de significado. A produção de significado passa a funcionar produzindo o significado da produção. 

A ênfase de Gorz na força produtiva central do conhecimento imaterial acaba não refazendo uma teoria da sociedade do trabalho, no sentido de rever o significado prático deste, mas sim realiza uma teoria do fim da sociedade do trabalho, colocando em seu lugar uma sociedade “do imaterial”. A perspectiva é ao mesmo tempo ambígua e produtiva, pois ele opera duas revisões analíticas que podem ser úteis aos objetivos deste texto, ou seja, a crítica ao paradigma da “sociedade do conhecimento” dominante na ciência social contemporânea e ao seu correspondente discurso na esfera pública. As duas revisões retomam e articulam os dois dados empíricos mencionados acima, desde Offe e o próprio Gorz: o advento do setor de serviços e do conhecimento tecnológico e especializado. Gorz vincula o desenvolvimento dos dois fatores, por exemplo, a partir do caso empírico de uma fábrica de ponta da Volvo em Uddevalla, na Suécia. O esgotamento prático do fordismo e o consequente advento do pós-fordismo, em sua versão taylorista ou toiotista, são exemplares não apenas da fragmentação da classe trabalhadora tradicional, mas também da fragmentação do mercado de produção e consumo em fatias heterogêneas, com o que concorda Offe. A economia produtiva fora da fábrica, para além do fordismo, que sempre existiu em escala maior na periferia do capitalismo, agora é um dado crescente na Europa. 

O esgotamento da produção fordista se opera articulado à valorização de parte da classe trabalhadora, que por disposições específicas se qualifica mais que seus companheiros de fábrica, mordendo a isca oferecida pela promessa de realização pessoal no trabalho através da autonomia na concepção das mercadorias. Gorz mostra que esta fração passa, por isso, a ser mais bem recompensada pelo capital. Ou seja, quem melhor consegue fazer o jogo é automaticamente mais valorizado e reconhecido. Em contrapartida, um enxugamento prático se opera nas grandes fábricas, gerando altos níveis de desemprego, mesmo nos países top do capitalismo, como a Suécia [10]. O dado do advento tecnológico entra aqui operando uma automação e maquinização que dispensa boa parte da mão de obra humana, ou seja, exatamente aquela que não se qualificou mais. Para onde vão estas pessoas? 

O desemprego ou a realocação em dimensões inferiores do mercado de trabalho são as duas possibilidades no horizonte. O horizonte de perspectivas da classe trabalhadora, agora mais heterogênea, é crescentemente verticalizado. Sua precarização se opera em dois níveis: o fracionamento na classe e a consequente realocação diferencial, de um lado, e o fracionamento das dimensões produtivas do mercado em fatias hierarquicamente articuladas, de outro. Gorz está mostrando a realocação precária dos que não se qualificam a partir dos critérios da produção imaterial, através de um processo de “terceirização em cascata”. Os mais qualificados permanecem na empresa “mãe”, enquanto os demais são terceirizados ou subterceirizados. Esta diferenciação funcional isenta o capital dos custos de produção com a seguridade do trabalho, transferindo estes crescentemente ao trabalhador, que agora se percebe e passa a ser tratado como “colaborador” ou “parceiro” de produção. O advento de contratos de trabalho flexíveis e da economia informal absorve assim as forças humanas dispensadas pelos setores estabelecidos da produção, que se tornam ainda mais fechados e valorizados. 

A dupla fragmentação mencionada, a do mercado e a da classe, permite a Gorz operar uma importante distinção analítica entre conhecimento e saber. O “conhecimento” é o tipo de saber historicamente e institucionalmente formalizado, reconhecido e valorizado. Este é o que se torna força produtiva central na sociedade do conhecimento. O saber em sentido mais amplo é toda capacidade criativa e produtiva fora do conhecimento institucionalizado e legitimado. Esta distinção pode ser usada para definir todo saber social prático, da experiência, da vida, da escola da vida. Este nem sempre é reconhecido pelo mercado ou pelo Estado, e a hipótese levantada pelo estudo da sociedade do conhecimento é que passa a ser ainda menos valorizado, enquanto ferramenta prática daqueles que ocupam um degrau inferior na hierarquia social do trabalho contemporâneo. 

A compreensão das mudanças na estrutura econômica e na dimensão dos saberes, entretanto, leva Gorz a abandonar a ideia de sociedade do trabalho. Seu esclarecimento poderia ser usado para uma renovada ideia de sociedade do trabalho, mas ironicamente não é o que acontece com o próprio autor. Ele também é traído pela ideia do imaterial, e em livros recentes chega a esboçar uma ontologia do imaterial [11], em lugar da ontologia do trabalho que de fato precisava ser desconstruída. O ponto importante é que nem os autores mais críticos conseguem escapar da ideia do advento de uma sociedade de bases práticas e de sentido totalmente novos. Por isso, a ideia do fim da sociedade do trabalho é o paradigma dominante atualmente. 

Uma hipótese alternativa seria a reconstrução do que é a sociedade do trabalho contemporânea, se considerarmos que o “mundo da produção” não desapareceu e que sem esta dimensão da vida não existe nenhuma outra. Esta hipótese exigiria o enfrentamento de equívocos e lacunas deixados pela tentativa de compreensão da “sociedade do conhecimento”, sem desconsiderar a capacidade parcial de interpretação que tal perspectiva apresenta. A principal lacuna no paradigma da sociedade do conhecimento é que não existe a periferia do capitalismo em sua noção geral de sociedade. Mesmo os autores mais críticos como Gorz traçam uma narrativa específica de sociedades europeias. Em nenhum momento se enfrenta uma questão básica para o funcionamento geral do capitalismo: para onde vai a dimensão da produção precarizada com a reestruturação intelectual das sociedades contemporâneas? Onde e por quem é operado o trabalho braçal que precisa existir — e que agora tudo indica ser ainda mais desvalorizado — para que o sistema inteiro continue a funcionar? Estas devem ser boas questões de reflexão para a sociologia crítica contemporânea. 

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Fabrício Maciel é doutorando em Ciências Sociais na UFJF e na H S Freiburg, Alemanha. 

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Notas 

[1] Ver Ulrich Beck, The brave new world of work, 2000. 

[2] Ver Offe, Capitalismo desorganizado. São Paulo: Brasiliense, 1994. 

[3] Ib. 

[4] Esta linguagem surge em autores influentes como Richard Sennett (2000) e Axel Honneth (2006). 

[5] Vasta literatura existe sobre os temas do terceiro setor, da sociedade do conhecimento e do fim das sociedades do trabalho. Entretanto, as obras referidas neste texto parecem as mais significativas em sua influência política e em seu potencial analítico.

[6] A obra seminal no debate é seu livro Adeus ao proletariado

[7] Ver principalmente o capítulo 2 de seu livro Misérias do presente, riqueza do possível(2004), para este ponto. 

[8] Ver o já citado Misérias do presente e principalmente seu livro O imaterial (2005). 

[9] A vasta literatura sobre indústria cultural e sobre sociedade do consumo, ainda que esta última ideia seja recheada de ambiguidade, pode ser esclarecedora neste ponto. 

[10] Ver o dado de Gorz (2004). 

[11] Principalmente em seu livro O imaterial (2005).


Fonte: Especial para Gramsci e o Brasil.

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