terça-feira, 29 de novembro de 2011

Solidariedade ao Povo Palestino!


Palestina no coração

    Entre nós, brasileiros, é indispensável esclarecer a opinião pública sobre a causa palestina e mobilizar energias para bloquear as relações comerciais que contribuem para perpetuar a ocupação israelense
28/12/2011
Igor Fuser

A luta pela libertação da Palestina já transcendeu seus limites geográficos para se sobressair como uma causa que envolve os valores mais elevados de justiça e dignidade no plano global. Não há neutralidade possível. A opção entre apoiar a resistência palestina ou os ocupantes sionistas constitui, em qualquer lugar do mundo, um divisor de águas entre progressistas e reacionários.
Isso já ocorreu no passado, em confrontos que expressaram, simbolicamente, situações de impasse entre tendências opostas. Na Europa do século 19, os democratas sinceros abraçaram a causa da independência da Grécia, contra o domínio turco. Mais tarde, a Guerra Civil Espanhola sacudiu as consciências como a síntese da encruzilhada política que antecedeu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Em defesa da Espanha republicana, se situavam os comunistas, socialistas, anarquistas e democratas em geral. Já as forças golpistas reuniram a oligarquia agrária, a Igreja conservadora e os fascistas do general Franco, que só triunfaram graças à intervenção militar da Alemanha de Hitler e da Itália de Mussolini. No episódio se destaca o heroísmo das Brigadas Internacionais, formada por voluntários de dezenas países (entres eles, o Brasil), que juntaram à luta do povo da Espanha. Outras gerações carregam na sua formação a experiência inesquecível da Guerra do Vietnã. A solidariedade à luta heroica dos vietnamitas constituiu o elo entre as mais variadas formas de resistência ao imperialismo – dos ativistas pelos direitos humanos nos próprios EUA aos revolucionários latino-americanos.
Agora, o foco está no Oriente Médio. As flotilhas da liberdade – navios com ajuda humanitária à população aprisionada em Gaza – reúnem pessoas das mais diversas nacionalidades. Em paralelo, ganha impulso a campanha internacional pelo “Boicote, Desinvestimento e Sanções”, que busca replicar o sucesso na mobilização contra o apartheid na África do Sul (outra causa de alcance universal), atingindo Israel em seu ponto mais sensível, a economia.
Entre nós, brasileiros, é indispensável esclarecer a opinião pública sobre a causa palestina e mobilizar energias para bloquear as relações comerciais (sobretudo, a importação de tecnologia militar e de serviços de “segurança”) que contribuem para perpetuar a ocupação israelense. Com a crescente importância do Brasil no cenário mundial, essa será uma ajuda preciosa.

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