Como sempre acontece quando alguém famoso morre, o líder sul-africano ganhou manchetes elogiosas em veículos de todo o mundo nesta sexta-feira, como bem merece. Mas a maioria dos jornais, especialmente os brasileiros, fizeram de tudo para esconder quem realmente era Nelson Mandela: um líder revolucionário de esquerda, pró Cuba e Palestina, anti imperialismo e crítico das ações americanas e israelenses pelo mundo.
Afinal, se tem uma coisa que a grande imprensa faz bem é maquiar a realidade de acordo com seus interesses.
Vejamos as frases:
Sobre a invasão americana ao Iraque
“Se há um país no mundo que cometeu atrocidades inomináveis no mundo, é os Estados Unidos. Eles não se importam com seres humanos.” (fonte: CBSNews)
Sobre Israel
“Israel deveria desistir de todas as áreas que ganhou dos árabes em 1967, e em especial Israel deveria desistir completamente das Colinas de Golã, do Sul do Líbano e da Cisjordânia.” (fonte: JWeekly.com)
Sobre a invasão americana ao Iraque
“Tudo que o sr. Bush quer é o óleo iraquiano.” (fonte: CBSNews)
Sobre Fidel Castro e a revolução cubana
“Desde o princípio, a Revolução Cubana também foi uma fonte de inspiração para todas as pessoas amantes da liberdade. Nós admiramos os sacrifícios do povo cubano em manter sua independência e soberania em face à campanha imperialista orquestrada para destruir o ganho impressionante da Revolução Cubana. Vida longa à Revolução Cubana! Longa Vida ao camarada Fidel Castro.” (fonte: lanic.utexas.edu)
Sobre o ditador Muammar Kadafi
“É nosso dever apoiar nosso líder-irmão… principalmente levando-se em conta as sanções que não atingem apenas ele, mas também a população líbia em geral… nossos irmãos e irmãs africanos.” (fonte: The Final Call)
Sobre a preparação dos Estados Unidos para invadir o Iraque em 2002
“A atitude dos Estados Unidos é uma ameaça à paz mundial” (fonte: Newsweek)
Sobre o estado palestino
“As Nações Unidas tomaram uma medida forte contra o apartheid e, ao longo dos anos, um consenso internacional foi construído, o que ajudou a acabar com esse sistema. Mas nós sabemos muito bem que nossa liberdade é incompleta sem que haja liberdade para os palestinos.” (fonte: CBSNews)
Fonte: O Escriba
Se a direita é o opressor, nada mais natural e justo que haja uma esquerda, ou seja, um contraponto, uma alternativa ideológica. Não há que se dizer "se hay gobierno soy contra", mas sim: Se há opressão sou contra. Mandela defendia um ideal: o da autodeterminação dos povos e sua independência cultural. Nisso foi coerente, mas não se faz uma "revolução" apenas com flores, critiquemos a postura dele se quisermos, mas ele teve postura! E Coerência.
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