quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Royalties X USP

Coisa que só Homer  é capaz de entender

Sou a favor das duas manifestações sensações do momento: os protesto da USP e pela defesa dos Royalties do petróleo do Rio de Janeiro. Porém uma coisa me incomodou.
Os protestos da USP nasceram da espontaneidade dos alunos contra uma situação opressiva que revive os áureos tempos da Ditadura Civil-Militar e sofreram energicamente a repressão do Estado; e recebe fortes críticas reacionárias na mídia e do senso comum. A outra manifestação que incide sobre a receita do Estado do Rio, não foi espontânea da população e sim fomentada pelo Estado e com organização. Não dá para nem chamar essa última de protesto, ou alguém acredita em protestos onde se tem trio elétricos tocando axé, sertanejo e música eletrônica, no meio do dia no centro da Cidade, atrapalhando todo o trânsito. Ué, peraí, e se não fosse uma manifestação do Estado o que a população diria? Se fossem aluno reclamando da presença de uma Polícia truculenta e opressora dentro do seu campus, o que seriam? MACONHEIROS! E se fosse Professores exigindo que seus salários fossem elevados para o mínimo que é determinado pelo MEC? VAGABUNDOS! E bombeiro reivindicando melhores condições de trabalho? DESORDEIROS! Se fossem árabes protestando contra o imperialismo dos EUA e o Nazi-sionismo de Israel? TERRORISTA e MALUCOS! Mas ir atrás de um trio elétrico, aplaudir o Governador, ter respaldo da Polícia, balançar uma bandeira do PMDB (é, PMDB somente numa manifestação dessas), eu sou legal? E existe protesto legal (de legalizado)?




Obs.: Agradeço ao vídeo da palestra de Noam Chomsky -  Moralidade Distorcida, indicado por Marcelo Biar, que ajudou a clarear as ideias para essa postagem.

Um comentário:

  1. Defendo os royalties e a ocupação da USP. Nada me convence, até que me provem o contário que os estudantes da área de Humanas estajem equivocados quanto à presença da PM no campus.
    Já tivemos a polícia no campus, durante a ditadura militar e não foi nada democrática sua presença.
    O campus é um espaço que deve ser preservado, como libertário, reflexivo, transgressivo. Não dá para acreditar que esta Reitoria tenha legitimidade, com tantos problemas decorrentes de sua gestão.
    Mas, mais que isto, suspeito de corporativismo docente.Por que os docentes desejam a PM no campus???? Nunca vi isto!!! Cabe à Universidade criar mecanismos de segurança interna para seus quadros. Mas fica difícil com esta Reitoria.
    Cabe aos docente e funcionários defenderem o espaço da Universidade como um espaço sem interferência de uma polícia truculenta, subordinada ao governo Alkmin.
    Mas, como vivi a PU (Polícia Universitária)gestada na Ditadura, sou visceralmente contra a violência com nossos universitários.Não vão protegê-los. ATENÇÃO!!!

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