Ganhei de presente o livro “Como Mudar o Mundo – Marx e o Marxismo” do Eric Hobsbawm, já li a metade dele e já valeu cada letra lida. Como sou a favor da coletivização vou disponibilizar abaixo os melhores trechos que achei.
“Em outubro de 2008, quando o jornal londrino Financial Times estampou a manchete ‘Capitalismo em convulsão’, não podia mais haver dúvida de que Marx estava de volta aos refletores. Enquanto o capitalismo mundial estiver passando por sua mais grave crise desde o começo da década de 1930, será improvável que Marx saia de cena. Por outro lado, o Marx do século XXI será, com certeza bem diferente do Marx do século XX.” (pág. 16)
“Na realidade, o que Karl Marx assegurava não era que o capitalismo havia alcançado o limite de sua capacidade de pôr em marcha as forças de produção, e sim que a irregularidade do crescimento capitalista produzia crises periódicas de super produção que, mas cedo ou mais tarde, se mostrariam incompatíveis com a maneira capitalista de gerir a economia e geraria conflitos sociais aos quais não poderia sobreviver. Por sua própria natureza, o capitalismo era incapaz de estruturar a subseqüente economia da produção social. Esta, julgava Marx, teria de ser necessariamente socialista.” (pág. 17)
“É consabida a tríplice origem do socialismo marxista: o socialismo francês, a filosofia alemã e a economia política britânica.” (pág. 41)
“O que dizer da contribuição alemã para a formação do pensamento de Marx e Engels? País econômica e politicamente atrasado, a Alemanha da juventude de Marx não tinha socialistas com os quais ele pudesse aprender qualquer coisa importante. Com efeito, até quase o momento da conversão de Marx e Engels ao comunismo e, em certos sentidos, até depois de 1848, é ilusório falar de uma esquerda socialista ou comunista distinta das tendências democráticas ou jacobinas que formavam a oposição radical ao reacionarismo e ao absolutismo principesco no país.” (pág. 43)
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